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Riquezas e tradições do Brasil em mais uma lista de museus especiais

O departamento Cultural e de Turismo da AOJESP preparou mais uma seleção de museus que remete às riquezas do povo brasileiro e suas tradições.

Para o responsável pelo setor, Maurício Mazonni, é difícil escolher qual dentre todos é o mais especial. “Todos se destacam, porque fazem um retrato da nossa gente. Mas se tiver que indicar um, recomendo o vídeo do museu do homem nordestino”, afirmou Mazonni.

Veja a lista completa:

 

Museu do Homem do Nordeste – Recife

 

O Museu do Homem do Nordeste – Muhne – é um órgão federal (vinculado à Fundação Joaquim Nabuco/Ministério da Educação), que reúne acervos que revelam a pluralidade das culturas negras, indígenas e brancas desde nossas origens até os diferentes desdobramentos e misturas que formam o que hoje é chamado genericamente de cultura brasileira. Esses acervos servem de suporte para construir narrativas que estão traduzidas em exposições etnográficas e exposições de arte, assim como em ações educativas de mediação cultural e em diferentes eventos que compõem a programação cultural do museu.

O Muhne, assim como outros museus, é um espaço de extrema riqueza para a formação educacional, cultural e cidadã. É um lugar de Memória Social que estimula reflexões sobre os modos como as pessoas pensam sobre sua própria identidade e sobre outras identidades constitutivas da sociedade brasileira contemporânea. Por isso, o Muhne, através de seus projetos e ações, busca a interação com diversos grupos sociais, com a intenção de contribuir para dar visibilidade à diversidade de identidades, visões de mundo e modos de vida presentes na sociedade brasileira.

 

https://www.fundaj.gov.br/index.php/pagina-muhne

Casa dos Povos da Floresta – Rio Branco

 

Casa Povos da Floresta, inaugurada em 2003, que imita uma maloca indígena e retrata a história de ribeirinhos, seringueiros e índios. Localizada dentro do Parque da Maternidade, ponto turístico de Rio Branco, no Acre, valoriza e guarda toda essa história, a fim de que cada vez mais os acreanos possam ter conhecimento da sua história, orgulhando-se do seu passado e o preservando para o futuro.

Além de ter uma exposição permanente do imaginário amazônico, com mitos e lendas transmitidas oralmente por seringueiros, ribeirinhos e indígenas, de pai para filho, a Casa Povos da Floresta também disponibiliza um acervo em vídeo e uma biblioteca sobre a história do Acre, enfocando os povos tradicionais e a sociedade mais recente. Também abriga uma exposição de artesanato indígena e regional. A arquitetura do espaço foi inspirada nos grandes Kupixáuas (grandes casas indígenas). A pintura no piso de entrada é inspirada na pintura corporal Yawanawá.

No local, o visitante pode ver réplicas dos personagens folclóricos que habitam o imaginário dos povos locais e o artesanato típico de grupos que vivem há centenas de anos na região amazônica. O espaço possui uma sala para exposição permanente da cultura acreana e outra que abriga trabalhos de artistas locais. Os acervos etnográfico e bibliográfico foram adquiridos aos poucos e por doações.

Lá estão expostos o boto cor de rosa, o mapinguari gigante, a mãe da mata, entre outros. Na parte de artesanato, utensílios domésticos, além de fotografias e vídeos que contam a história dos índios e dos povos ribeirinhos e seringueiros. Essa população em muito colaborou para a formação da identidade do acreano, estabelecendo referenciais de hábitos cotidianos como os alimentares, o banho, o uso de redes e outros.

TV Brasil – Conhecendo Museus

https://tvbrasil.ebc.com.br/conhecendomuseus/episodio/casa-povos-da-floresta

 

 

Museu Histórico e Artístico do Maranhão – São Luís

Solar que abriga o Museu Histórico e Artístico do Maranhão constitui uma das principais atrações turísticas do Estado. Sua edificação data de 1836 e nele residiram três famílias representantes da elite local: a do major Ignácio Gomes de Souza, pai de uma dos nossos maiores intelectuais, o Souzinha; a de Alexandre Colares Moreira, atuante na política do Estado e a de José Francisco Jorge, grande industrial têxtil do Maranhão.

O major Ignácio Gomes de Souza residiu no solar até 1857, quando este foi vendido para a família Colares Moreira. Em 1918, o solar passou a pertencer à família de José Francisco Jorge, que nele permaneceu até 1967, quando o governo do Estado representado por José Sarney o comprou com o propósito de ali ser instalado o Museu Histórico e Artístico do Maranhão/MHAM.

O solar destaca-se pela beleza de sua arquitetura colonial, rica em todos os traços: do chão revestido de seixos de rios aos sofisticados lustres, das sacadas de pedra que remetem a impressionante vista do belo jardim da casa.

Quem entra no Museu Histórico e Artístico do Maranhão tem a sensação de que uma época foi cristalizada no tempo. Enfim, a cada parede, cada canto, cada corredor abriga um pedaço da memória sócio cultural de diferentes épocas e a atual concepção museológica o coloca em pé de igualdade com os melhores museus do país.

Guia das Artes – Maranhão

https://www.guiadasartes.com.br/maranhao/sao-luis/museu-historico-e-artistico-do-maranhao

 

Museu de Astronomia e Ciências Afins – Rio de Janeiro

O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) é uma instituição pública do Governo do Brasil que se dedica ao estudo e divulgação da história da ciência e da tecnologia no país, museologia e a educação em ciências. Se localiza no número 586 da rua General Bruce, no Bairro Imperial de São Cristóvão, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.[1] O seu arquivo em história da ciência é um dos mais importantes do país, sendo uma das principais instituições que cuidam da memória científica brasileira.

Criado no Rio de Janeiro, em 8 de março de 1985, o MAST é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC e tem como missão ampliar o acesso da sociedade ao conhecimento científico e tecnológico por meio da pesquisa, preservação de acervos e divulgação da atividade científica brasileira. Uma visita ao museu é um verdadeiro mergulho na história do desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil.

O MAST está situado no Morro de São Januário, Bairro Imperial de São Cristóvão, em um campus de aproximadamente 44 mil m2, que abriga um patrimônio arquitetônico formado por 16 edificações da década de 1920. Além do prédio sede do Museu, o conjunto é composto pelos pavilhões de observação astronômica, com suas cúpulas de cobertura pré-fabricadas em ferro adquiridas da Alemanha, Inglaterra e França, juntamente com os seus instrumentos científicos, que testemunham as inovações daquele tempo. Esse conjunto arquitetônico e paisagístico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, em 1986, e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC, em 1987.[2]

O MAST guarda o importante acervo do Observatório Nacional, coleção que reúne instrumentos científicos, máquinas, equipamentos, mobiliário e esculturas, totalizando mais de dois mil objetos representativos do Patrimônio Cientifico do Brasil.  Além da reserva técnica, o MAST apresenta regularmente ao público exposições e atividades planejadas, entre oficinas, palestras, visitas orientadas e as tradicionais observações do sol e do céu.

Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)

 

Museu Casa Histórica de Alcântara – Maranhão

O sobrado nº7 que hoje é sede do Museu Casa Histórica de Alcântara atravessou seus quase dois séculos de existência adaptando-se às guinadas da história. Trata-se de parte de um conjunto de três sobrados construídos, segundo relatos de cronistas, no final do século XVIII e início do século XIX.

A conformação material deste sobrado espelha o contexto em que foi construído. Trata-se de uma construção patriarcal, onde diversas atividades se conjugam no mesmo espaço. O primeiro andar abrigava os domínios do trabalho, em contato com o mundo exterior. No segundo andar, ficavam os espaços íntimos dos membros da família. A escravidão deixou também suas marcas com indícios da existência de senzalas conjugadas ao sobrado.

O museu integra o sítio histórico de Alcântara, tombado em nível federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN em 1948 e está inscrito no livro Histórico de Belas Artes e no livro Arqueológico, Etnológico e Paisagístico.

Em 1986, por meio do Decreto Presidencial de nº 93.656 o sobrado e todo o acervo composto por móveis, peças avulsas, pratarias, vidraria de farmácia, alfaias, peças de vestuário, porcelanas, indumentárias, acessórios, ferragens e demais objetos de valor histórico foram declarados bens de utilidade pública e desapropriados com o objetivo de implantar o Museu da Cidade. Os bens desapropriados estavam sob a guarda do último herdeiro da família Guimarães, o Sr. Heidimar Guimarães Marques.

A partir de 1987, o sobrado e todo o acervo ficaram sob a guarda do IPHAN e após dezoito anos de sua criação, em junho de 2004, o museu foi inaugurado como “Museu Casa Histórica de Alcântara”.  Em 2009 o prédio e o acervo passam para a gestão do Instituto Brasileiro de Museus-IBRAM.

Atualmente o museu possui 2077 (dois mil e setenta e sete) itens inventariados dos quais 653 encontram-se em exposição, 1273 (mil duzentos e setenta e três) na Reserva Técnica e 151 (cento e cinquenta e uma) peças acondicionadas em móveis do próprio acervo. Os objetos do acervo estão sendo analisados item a item para levantamento do estado de conservação, localização e histórico relacionado aos inventários anteriores.

https://museucasahistoricadealcantara.museus.gov.br/

http://museucasahistoricadealcantara.acervos.museus.gov.br/acervo/

 

 

Museu de Arte do Rio Grande do Sul – Porto Alegre

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS) é o principal museu de arte do Estado e um dos mais importantes do país. Seu acervo reúne mais de 5.000 obras de arte, desde a primeira metade do século XIX até os dias atuais, abrangendo diferentes linguagens das artes visuais, como pintura, escultura, gravura, cerâmica, desenho, arte têxtil, fotografia, instalação, performance, arte digital e design, entre outros.

Essa coleção de arte do museu é composta por arte brasileira, com ênfase na produção de artistas gaúchos, e também por obras de artistas estrangeiros, da qual conta com nomes significativos da arte mundial. Além disso, o MARGS possuiu um acervo documental com mais de 8 mil publicações bibliográficas e 5 mil pastas contendo documentos sobre a trajetória de artistas e a história de agentes do sistema artístico.

O MARGS é uma instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Foi criado pela lei n° 2345, de 29 de janeiro de 1954, e regulamentado pelos decretos nº 5065, de 27 de julho de 1954, e n° 7389, de 11 de março de 1974, e pelas portarias nº 03/84 – D.O. 16/08/84 e nº 01/85 – D. O. 5/8/85.

MARGS

 

 

Museu do Ceará – Fortaleza

O Museu do Ceará foi a primeira instituição museológica oficial do Estado, criada por decreto em 1932, mas aberto oficialmente ao público em janeiro de 1933, com a denominação de Museu Histórico do Ceará. Inicialmente foi concebido como uma das dependências do Arquivo Público, situado na rua 24 de Maio, nº 238, no centro de Fortaleza. No início de 1934, o Arquivo e o Museu foram transferidos para a Avenida Alberto Nepomuceno, nº 332, em frente à Praça da Sé. Hoje esses edifícios já não existem mais. Sua principal missão é promover a reflexão crítica sobre a História do Ceará por meio de programas integrados de pesquisas museológicas, exposições, cursos, publicações e práticas pedagógicas.

O Museu do Ceará possui um acervo bastante variado, resultado de compras e, sobretudo, de doações de particulares e instituições públicas. Entre moedas e medalhas, há quadros, móveis, peças arqueológicas, artefatos indígenas, bandeiras e armas. Há também peças de “arte popular” e uma coleção de cordéis publicados entre 1940 e 2000 (950 exemplares). Alguns objetos se referem aos chamados “fatos históricos”, como a escravidão, o movimento abolicionista e movimentos literários, como a famosa “Padaria Espiritual”, que entrou para a História da Literatura Brasileira com especial destaque. Trata-se de um acervo com mais de sete mil peças, que atualmente é trabalhado como veículo de reflexão sobre a História local integrada à História do Ceará, em seus aspectos culturais, econômicos e sociais. Muitas peças estão em exposição, organizadas em salas temáticas.

Todas as atividades mencionadas vêm consolidando o Museu do Ceará como um significativo espaço de educação, cultura e lazer, tal como se entende nos fundamentos científicos e éticos da museologia contemporânea, transformando-se numa referência regional.

Museu do Ceará

https://www.facebook.com/museudoceara

 

Museu de Folclore Edison Carneiro – Rio de Janeiro

O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular é uma instituição pública federal brasileira ligada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão do Ministério da Cultura. Está instalado em um conjunto arquitetônico histórico tombado pelo IPHAN nos números 179 e 181 da rua do Catete, no bairro do Catete, no município do Rio de Janeiro[3][4]. É a única instituição federal que desenvolve e executa programas e projetos de estudo, pesquisa, documentação, difusão e fomento de expressões dos saberes e fazeres do povo brasileiro. Suas atividades produziram um acervo museológico de 14 000 objetos, 130 000 documentos bibliográficos e cerca de 70 000 documentos audiovisuais.

Com o término da Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) liderou um movimento que procurou implantar mecanismos para documentar e preservar tradições que, segundo sua análise, estariam em via de desaparecimento. No Brasil, atendendo a essa diretriz, em 1947 foi criada a Comissão Nacional de Folclore, vinculada à UNESCO.

Desse processo, resultou, em 1958, a instalação da “Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro”, primeiro órgão permanente dedicado a esse campo, vinculado ao então Ministério da Educação e Cultura. Em 1976, a campanha foi incorporada à Fundação Nacional de Artes como “Instituto Nacional do Folclore”.

Já com a denominação atual, a instituição passou, no fim de 2003, a integrar a estrutura do IPHAN.[6]

Wikipédia

http://www.cnfcp.gov.br/

 

Museu do Oratório – Ouro Preto

O Museu do Oratório foi inaugurado em 1998 na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, no prédio setecentista pertencente à Venerável Ordem Terceira do Carmo, que foi totalmente restaurado e adequado para abrigar o Museu.

Apresenta uma magnífica coleção  de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX. As peças do acervo foram doadas ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) pela colecionadora Angela Gutierrez e são genuinamente brasileiras, principalmente de Minas Gerais.

https://museudooratorio.org.br/

https://www.eravirtual.org/mo_br/

João Paulo Rodrigues

Jornalista (MTE 977/AL), Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade Autònoma de Barcelona.

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