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Conheça a proposta de majoração de auxílio saúde apresentada pela AOJESP

A AOJESP realizou um amplo estudo sobre o auxílio saúde dos servidores, com o intuito de apresentar ao TJSP uma proposta que esteja de acordo com a Resolução 294/2019 do Conselho Nacional de Justiça, que regulamenta o programa de assistência à saúde suplementar para magistrados e servidores do Poder Judiciário.

Por se tratar de uma determinação do CNJ, se o Tribunal de Justiça de São Paulo se recusar a implementar, esgota-se dessa forma a via administrativa que é requisito “sine qua non” para que as entidades possam ajuizar a demanda por descumprimento da referida Resolução.

Veja a íntegra da resolução:

A AOJESP fez um levantamento a nível nacional e constatou que os servidores do judiciário paulista têm o pior auxílio saúde do país. Enquanto isso, estados como Paraná, Rio Grande do Norte e Sergipe pagam de forma escalonada, por idade, valores que variam de cerca de R$ 450 a quase R$ 2 mil.

Veja a íntegra da tabela que demonstra como é feito o pagamento do auxílio saúde nos outros estados da federação.

A AOJESP também calculou o impacto financeiro da proposta apresentada por faixa etária, que corresponde a R$ 47 milhões mensais. Por outro lado, a proposta aprovada em assembleia que pleiteia 10% do subsídio de um juiz substituto terá um impacto financeiro de cerca R$ 190 milhões, sem levar em conta o reajuste dos magistrados sancionado em 2023. Atualmente, o impacto financeiro é de 23 milhões.

A AOJESP também fez uma consulta pública, que contou com a participação de 6.240 servidores do judiciário paulista, ativos e aposentados, com o intuito de buscar indicativos das preferências em relação a proteção à saúde,  para reivindicar com mais precisão os anseios da categoria junto ao TJSP.

A pesquisa de múltipla escolha (o servidor podia marcar mais de uma opção) mostrou que a maioria dos servidores possui convênio médico (64,6%). Dos mais de 6,2 mil participantes 36,2% utiliza o IAMSPE; 25,4% utilizam o SUS; e 25,3% recorrem a médicos particulares.

Sobre as opções de auxílio saúde, podendo escolher apenas uma resposta, a maioria (39,6%) escolheu o valor diferenciado por idade. Em seguida, 29,2% preferiu um valor fixo para todos e, por último, 19,5% preferiu uma porcentagem do vencimento.

Veja a íntegra da pesquisa:

Independente disso, a maioria dos participantes na plenária (que possuía um número inferior ao de entrevistados) defenderam um valor fixo, de 10% do subsídio do juiz substituto, sem levar em conta as diretrizes da Resolução do CNJ.

“Obviamente, acatamos a decisão da maioria, mas acho que devemos seguir firmes no nosso propósito de não vender ilusões e utopias. Infelizmente, essa questão do auxílio saúde é seria. Atinge ativos e aposentados e deve ser tratada com responsabilidade.

O principal argumento de oposição nos embates da assembleia, foi de que na proposta da AOJESP o TJ poderia exigir comprovantes dos gastos com saúde (por idade: de 400,00 a 800,00 e aposentados: 1.000,00). Porém, esses comprovantes levam em conta gastos com planos de saúde, IAMSPE, dentista, consultas, gastos com farmácia etc. de servidores e dependentes, sendo que na maioria dos estados a lista de dependentes inclui até pais, enteados e ex-cônjuges, além dos dependentes legais. Na proposta aprovada os comprovantes também poderão ser exigidos, como ocorre com os magistrados”, explicou Marilda Lace, diretora jurídica da AOJESP.

João Paulo Rodrigues

Jornalista (MTE 977/AL), Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade Autònoma de Barcelona.

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