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Conheça a cidade de São Paulo através dos seus bairros

O departamento Cultural e de Turismo da AOJESP organizou uma reportagem com vídeos que contam as Histórias do Bairros da Cidade de São Paulo. São sete bairros que traçam o perfil do paulistano. Divirta-se!

Brás

Brás é um distrito situado na região central do município brasileiro de São Paulo, a leste do chamado centro histórico da capital paulista. Apesar de sua posição geográfica, pertence à região administrativa do Sudeste, visto que o bairro integra a subprefeitura da Mooca.

Atualmente, trata-se de uma região muito conhecida no Brasil pelo comércio de roupas, especialmente nas imediações do Largo da Concórdia e da rua Oriente. Em sua área, possui também um grande número de galpões e plantas industriais desativadas. O Brás foi eternizado por Adoniran Barbosa em sua música “Samba do Arnesto” (“O Arnesto nos convidou , pra um samba ele mora no Brás…”)

O distrito é atendido pela Linha 3 (Vermelha) do Metrô de São Paulo e pelas linhas 1011 e 12 da CPTM.

O Brás abriga as sedes dos maiores templos protestantes do mundo, tais como: Congregação Cristã no Brasil, “Cidade Mundial” da Igreja Mundial do Poder de Deus , “Templo de Salomão” da Igreja Universal do Reino de Deus e a Assembleia de Deus Ministério Madureira.

O nome Brás, vem do proprietário das terras onde se formou, que se chamava José Brás, que se tornou um benemérito.

Nas terras de José Brás foi erguida na segunda metade do século XVIII a Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em torno da qual formou-se a povoação. Em 1769 a camera de vereança cita oficialmente o nome de José Brás ao determinar a construção de “pontes entre o caminho de José Brás até a chácara do Nicolau”. Não se sabe o destino da construção inicial, uma vez que em 05 de abril de 1800 a Câmara Eclesiástica de São Paulo recebe solicitação do tenente-coronel José Correia de Morais para edificar uma Capela ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos. A dedicação a que foi reedificação da Capela original. Em 08 de junho de 1818 a capela foi elevada a Freguesia por decreto de D. João VI. Seus limites eram: ao norte o Rio Tietê, ao sul São Bernardo, a leste a paróquia da Penha de França e a oeste a . A Imperatriz Teresa Cristina hospedou-se em 1846 em um sobrado localizado no Largo do Brás e na época houve sugestões para que fossem instalados 6 lampiões de luz na Freguesia do Brás. Havia algumas chácaras que produziam vinhoslicores e cervejas, além de fábrica de estribos e caçambas e oficinas de seleiros. No dia 1º de janeiro de 1874 o Correio Paulistano anunciava que no Estabelecimento Hortículo de São Paulo, de J. Joly, estavam à venda mudas de Eucalyptus glóbulos.

Contudo, outros autores atribuem uma origem diferente para o nome Brás. Paulo Cursino de Moura (1897-1943) afirma que o nome da região deve-se a Brazílio de Aguiar Castro, proprietário da Chácara do Ferrão herdada de sua mãe, Domitila de Castro e Canto Melo (1797-1867), a Marquesa de Santos que, por sua vez, a recebeu como espólio com o falecimento do seu marido, o Brigadeiro Tobias (1795-1857).

O Brás desenvolveu-se em torno da igreja de Bom Jesus do Brás, e era, até o início do século XX, dividido em dois bairros distintos: Brás (mais próximo ao que hoje é o centro de São Paulo), e Marco (abreviatura de Marco de Meia Légua), que ficava na região onde hoje existe a Estação Bresser-Mooca do metrô.

Tornou-se no início do século XX uma referência de bairro da comunidade italiana (comemoração das festas de Nossa Senhora de Casaluce e São Vito), e da comunidade grega (com a Igreja Ortodoxa Grega), comunidade armênia, com forte presença de indústrias (especialmente próximo às ferrovias) e madeireiras (região da rua do Gasômetro).

Com o tempo essas características foram-se modificando, com o aumento do contingente de nordestinos na região próxima ao Largo da Concórdia, ponto em que operava a estação terminal da Estrada de Ferro Central do Brasil.

Atualmente é um distrito essencialmente voltado à indústria e ao comércio de confeções com forte destaque ao comércio de jeans no atacado e também de moda infanto juvenil,destacando-se ainda a grande concentração de lojas especializadas na venda de enxovais e produtos para gestantes e bebês. Possui forte presença das comunidades coreana e boliviana. A presença de um comércio de características populares também é grande, especialmente nas avenidas Rangel Pestana e Celso Garcia, por serem tradicionais vias de passagem de moradores da Zona Leste que trabalham no Centro da cidade.

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Lapa

No ano de 1561, há evidências de que os jesuítas ganharam uma sesmaria na região. O terreno era banhado pelo Rio Emboaçava, atual Rio Pinheiros. A região foi batizada de “Emboaçava” que significa “lugar por onde se passa” pelos índios Goitacases.

Em meados do século XVIII, uma propriedade da região se destacava: a Fazendinha da Lapa, que recebera este nome devido ao fato de os jesuítas terem sido obrigados a realizar uma missa anual a Nossa Senhora da Lapa em troca das terras. Por volta de 1743, os religiosos abandonaram o local devido ao seu terreno acidentado e à falta de mão de obra, se mudando para a Baixada Santista[1].

No final do século XIX, chegaram, ao bairro, famílias de diversas nacionalidades. Destacavam-se os tiroleses, vindos do norte da Itália e que eram agricultores. Anos mais tarde, vieram outros italianos, vindos da região de Veneza. Houve, também, imigração portuguesa, espanhola, francesa e sírio-libanesa. Estes eram comerciantes, profissionais liberais, artesãos, sapateiros ou alfaiates. A influência italiana no bairro é muito significativa, tanto que alguns logradouros do bairro têm designações que fazem referência à Itália, e ao Império Romano, tais como: Roma, Coriolano, Cipião, dentre outros.

No século XX, o bairro se tornou industrial. Através da construção da Estrada de Ferro São Paulo Railway e de suas oficinas, houve a implantação de indústrias como a Vidraria Santa Marina e os frigoríficos Armour, Bordon, Swift e Wilson. Estes estabelecimentos trouxeram operários e técnicos ingleses, croatas, lituanos, poloneses, russos e húngaros (do então Império Austro-Húngaro e fundadores da chamada “Igreja do Galo” na Rua Domingos Rodrigues), que passaram a ser moradores do local e da Lapa de Baixo. As indústrias baseavam-se na proximidade com o Rio Tietê, multiplicando-se ao longo dos anos.

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Consolação

Um dos distritos da cidade de São Paulo, é composto pelos bairros da Consolação, HigienópolisVila Buarque e Pacaembu. Seu desenvolvimento se deu a partir do Caminho de Pinheiros ou Caminho de Sorocaba, a atual Rua da Consolação, principal via do bairro. Região distante da cidade, havia na época plantações de hortaliças e frutas e foi só por volta de 1779 que um pequeno povoado começou a habitar a região. Eram os devotos de Nossa Senhora da Consolação, que construíram em taipa de pilão uma capela para a santa. A igreja transformou-se na Paróquia Nossa Senhora da Consolação, fundada em 1798.[2][3] Foi a construção da igreja que trouxe mais moradores para o logradouro que, graças à sua recém-adquirida importância, ganhou atenção do governo da cidade, que construiu ali vias e ruas, possibilitando e facilitando o acesso. Como estava à margem do Caminho de Pinheiros, utilizado pelos condutores de tropas que iam do Largo da Memória a Pinheiros para fechar acordos com negociantes de cidades como Itu e Sorocaba, tem significado histórico para a construção do bairro e da cidade.

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Santa Efigênia

O bairro recebe este nome por lá ter sido construída em 1809, no mesmo lugar da antiga capela, uma igreja que homenageava Ifigênia da Etiópia. que difundiu o catolicismo por lá. A escolha do nome foi feita pelo rei Dom João VI. A igreja Santa Ifigênia atual foi projetada pelo arquiteto Johann Lorenz Madein e contruída de 1904 e 1913. O bairro é um importante centro comercial da capital paulista, especialmente no ramo de eletrônicos (aparelhos, acessórios, peças etc.). As ruas mais movimentadas são Santa Ifigênia, Aurora, Vitória, dos Andradas e a avenida Rio Branco.

É nesse bairro que se localiza o Viaduto Santa Ifigênia. A seu lado, está o maior edifício de São Paulo, o Mirante do Vale, com 170 metros de altura e 51 andares. Esse edifício parece menor por estar dentro do Vale do Anhangabaú. Santa Ifigênia Abriga também a Cracolândia, lugar onde se desenvolve intenso tráfico de drogasmeretrício e atualmente violência. Para promover a reconfiguração e requalificação da área, a Prefeitura de São Paulo lançou o programa Nova Luz.[1]

Possui duas estações de metrô, as estações São Bento e Luz, além das estações da Luz e Júlio Prestes da CPTM.

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Água Rasa

Administrativamente, a Água Rasa faz parte da Subprefeitura da Mooca. No censo de 2000 contava com uma população de 81 070 habitantes.

Tem 6,9 km² de superfície e é dividido por algumas grandes e largas avenidas, como a Salim Farah Maluf, a SapopembaAvenida Regente Feijó e a Avenida Vereador Abel Ferreira, fazendo com que se perca em grande extensão a noção de continuidade física do distrito.

O perfil urbano do distrito é razoavelmente homogêneo, tanto comercial quanto residencial. Porém, a maior parte do comércio situa-se nas grandes avenidas da região, deixando a maior parte dos lotes existentes entre essas avenidas, como áreas residenciais. O distrito tem um certo grau de verticalização nos bairros Água RasaAlto da Mooca e Vila Regente Feijó, bairros contíguos aos distritos da Mooca e Tatuapé respectivamente, com condomínios de médio e alto padrão, apesar da predominância de casas e sobrados de classe média. Não existem favelas no distrito.[3]

No bairro da Quarta Parada, bairro contíguo aos distritos da Mooca, Belém e Tatuapé, está o Cemitério da Quarta Parada.

É no distrito que está localizada a sede do Sítio do Capão, construída de taipa e pilão, e alvenaria de tijolos datada do século XVIII. Era uma das residências do Padre Feijó.[4] Foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em 1984.[5]

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Vila Nova Cachoeirinha

Cachoeirinha é um distrito localizado na Zona Norte do município de São Paulo. Também é conhecido como Vila Nova Cachoeirinha (nome de um bairro do distrito), nome que foi posteriormente abreviado no uso popular.

O distrito é dividido em 24 bairros, são eles: Vila Nova Cachoeirinha; Vila Cachoeirinha; Vila P Rosa Branca; Vila dos Andrades; Vila Celeste; Vila Paulo Raveli; Vila Roque; Vila Rita; Jardim Nossa Sra. da Consolata; Jardim Imirim; Vila Amélia; Sítio Casa Verde; CPO. da Água Branca; Jardim Centenário; Vila Angélica; Vila Dionísia; Vila Continental; Vila Amália; Vila Bela Vista: Jardim Ceci; Jardim Santa Cruz; Jardim Peri; Jardim Peri Novo; Jardim Antártica; A Serra da Cantareira ocupa todo extremo norte do distrito.

O distrito de Cachoeirinha tem sua data de aniversário oficial no dia 5 de agosto de 1933 – a mesma da fundação da Associação Nipo Brasileira, a primeira organização popular local e que foi criada por antigos donos de chácaras, de origem nipônica, com o objetivo de organizar e unir a população local e preservar a sua cultura.

A história de uma localidade revela aspectos interessantes e elucidativos que explicam a atualidade. O nome da Cachoeirinha, por exemplo, deve-se ao fato de ter existido uma cachoeira que foi soterrada para dar passagem à avenida Inajar de Souza, e que servia como área de lazer e de piquenique para os moradores.

Moradores antigos consultados lembraram que existia, onde é hoje o Largo do Japonês, um riacho que desembocava mais à frente, onde hoje passa a avenida Inajar de Souza (córrego Cabuçu). “Perto da Maternidade existiam lagos e a Cachoeirinha, que atraía muita gente nos finais ode semana”. Rio Cabuçu Baixo no seu percurso existiu a Cachoeira, as pedras foram cortadas para a construção da Avenida Inajar de Souza,toda extensão do Rio Cabuçu Baixo.O local da existência da cachoeira atual próximo do Hospital Maternidade Cachoeirinha,onde existe parte da continuidade da pedra, na qual fazia parte da cachoeira, ou seja, a queda de águas pluviais do Rio Cabuçu Baixo, este local é divisa entre Cachoeirinha e Limão.

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República

As origens do distrito remontam à primeira efetiva expansão do núcleo principal da município a partir de sua colina central (o chamado Centro Velho, que hoje ocupa o distrito da Sé) para oeste do Rio Anhangabaú (atual Vale do Anhangabaú), especialmente durante a segunda metade do Século XIX e as primeiras décadas do início do século XX. A região do atual distrito República seria então chamada de Centro Novo em oposição à região do “centro velho”.

Para tal, teve importante papel o aparecimento da Ladeira do Acu, no fim da qual posteriormente foi construída uma pequena ponte que permitiria a sequência de seu traçado para além das águas e do vale do mencionado rio. Este caminho seria batizado posteriormente de Rua de São João Batista e corresponde hoje ao trecho central Avenida São João, um dos principais eixos viários da região central do município. Também outro ponto de passagem era a chamada Ponte do Piques, que se localizava onde atualmente se encontra a Praça da Bandeira[carece de fontes]

A partir de então, o distrito, formado basicamente por chácaras, sendo a maior delas a do Marechal José Arouche de Toledo Rendon, foi ganhando ruas hoje ainda verificáveis no tecido urbano, como a Sete de AbrilCoronel Xavier de Toledo, Ypiranga (atual Avenida Ipiranga), entre outras. Formou-se também uma espaçosa área para que se pudesse praticar exercícios militares no município, a qual mais tarde daria lugar ao Largo do Arouche, e uma outra, que se constituía como ponto de diversão aos paulistanos da época com cavalhadas e corridas de touros: o Largo dos Curros, atual Praça da República, que deu nome ao distrito.[3]

No limite oeste a sudoeste da Praça da República, formou-se a o bairro da Vila Buarque, que estabelece ligações com Higienópolis.

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João Paulo Rodrigues

Jornalista (MTE 977/AL), Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade Autònoma de Barcelona.

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