Conheça a história de mais sete bairros de São Paulo
O departamento cultural e de turismo da AOJESP trouxe uma seleção de vídeos que contam um pouco da história de São Paulo.
Viaje sem sair de casa assistindo os vídeos que falam sobre os bairros da Luz, Jabaquara, Parque Dom Pedro II, Perdizes, Santana, Guaianazes e Casa Verde.
Luz
Luz é um dos bairros do distrito do Bom Retiro, localizado na Zona Central da cidade de São Paulo.
O que há alguns séculos era apenas um pântano transformou-se em um dos bairros mais importantes da região central da capital paulista. Conhecido como Campo de Guaré, recebeu este nome devido às inundações que sofria com as cheias dos rios Tietê e Tamanduateí. Seu surgimento se deu exatamente em 1600, quando foram doados a Antonio Camacho duzentos lotes de terras. Em 1601, Domingos Luiz e sua esposa Ana se mudaram do Ipiranga para o bairro. Dois anos mais tarde Luiz ergueu uma pequena capela em homenagem à sua santa de devoção, Nossa Senhora da Luz, e assim ficou definido que aquela região se chamaria Bairro da Luz.
Jabaquara
Jabaquara é um distrito do município de São Paulo, no Brasil, fundado em 1964. Localiza-se na zona centro-sul do município. Conta com duas estações de Metrô (Jabaquara[1] e Conceição[2]) e uma rodoviária.[3] Conta atualmente com mais de 220 000 habitantes.
Possui diversos registros históricos no cultivo de flores selvagens desde 1953, quando a Abaparia Capensis (tulipa-do-inverno) era sua principal fonte de renda.
O nome do distrito tem sua origem no tupi e significa “toca da fuga”, através da junção dos termos îababa (fuga) e kûara (toca). Provavelmente, uma alusão a antigos quilombos que deveriam existir na região[4].
Parque Dom Pedro II
O Parque Dom Pedro II é um parque localizado no bairro da Sé, no distrito da Sé, no município de São Paulo, no Brasil. Fica na divisa entre o Centro Histórico de São Paulo e o bairro do Brás.
É cortado por cinco viadutos e pela Avenida do Estado, tendo sobrado cerca da metade da área verde que originalmente possuía em sua inauguração. Em sua área está localizado o Terminal Parque Dom Pedro II de ônibus (o mais movimentado da cidade, que atende principalmente as regiões Leste, Sudeste e Nordeste da capital), a Estação Pedro II do Metrô de São Paulo e a Escola Estadual São Paulo. Tal movimento deu origem a uma das maiores concentrações de vendedores ambulantes de São Paulo.
Perdizes
Perdizes é um bairro nobre[1] situado na zona oeste do município de São Paulo e pertencente ao distrito de Perdizes. Possui o terceiro maior IDH entre os distritos paulistas, ficando atrás apenas de Moema e Pinheiros.
Limita-se com os bairros de: Sumaré, Vila Pompeia, Água Branca, Barra Funda e Pacaembu.[2]
Perdizes proveio de propriedades rurais, sendo uma delas a Sesmaria do Pacaembu. Há registros, datados de 1850, que indicam a presença de chácaras na região, algumas delas criavam animais, como a perdiz. Uma dessas propriedades pertencia a Joaquim Alves, um vendedor de garapa que criava perdizes em seu quintal, onde hoje é o Largo Padre Péricles. A ave batizou a localidade, informalmente chamada até então de Campo das Perdizes.
Santana
Santana é o principal bairro e um dos mais antigos da Zona Norte[1] do município de São Paulo, no Brasil.[2] Pertence ao distrito homônimo[3] e é administrado pela Subprefeitura de Santana/Tucuruvi.[4] Surgiu em 1782 e seu aniversário é comemorado no dia 26 de julho. Foi um dos primeiros bairros a ter um dia oficial (Lei 11 169, de 30 de março de 1992, sancionada pela prefeita Luiza Erundina).[5]
Originado da Fazenda de Sant’Ana, propriedade da Companhia de Jesus que foi pela citada primeira vez em 1560 pelo padre José de Anchieta, funcionou como o cinturão verde da “São Paulo dos Campos de Piratininga”. As terras da fazenda foram divididas em sesmarias no início do século XIX.[6]
Guaianazes
Guaianases[1] [2]é um distrito localizado na zona leste do município de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. A região é servida pela Linha 11–Coral da CPTM, que dá acesso ao centro de São Paulo e aos municípios de Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes.
A formação do distrito de Guaianases é a mesma de Itaquera: ambos nasceram de aldeamentos indígenas e do esforço dos jesuítas, com destaque para o padre Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, que fundaram o colégio Jesuíta para a catequese dos guaianás. O aldeamento prosseguiu, mas “por volta de 1820 os índios já estavam extintos e a terra encontrava-se em mãos de particulares.”
Casa Verde
Casa Verde é um bairro do distrito de Casa Verde, na Zona Norte do município de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Tradicional bairro de sambistas, é famoso por ser o bairro das escolas de samba Império de Casa Verde, Morro da Casa Verde e Unidos do Peruche. Foi fundado em 21 de maio de 1913. É um bairro residencial de classe média.
A Casa Verde possui fácil acesso ao Centro e à Zona Oeste da cidade através das pontes da Casa Verde e do Limão, além de fácil acesso ao Terminal Intermodal Palmeiras-Barra Funda.
O velho sítio da Casa Verde, que já fora propriedade do aclamado “rei” Amador Bueno (em 1641 pelos espanhóis residentes em São Paulo) e que posteriormente passa ser propriedade do militar José Arouche de Toledo Rendon, descendente de Amador Bueno. Foi nessa época pelo que consta em documentos do arquivo histórico do municipio que a região acaba por ser conhecida popularmente como “sítio das moças da casa verde” e sítio da casa verde. Em 1842 João Maxweel Rudge torna-se proprietário da área da margem direita do Tietê; seus herdeiros em 1913 lotearam a área onde pretendiam criar o bairro como “Vila Tietê”.
O empreendimento é bem-sucedido. O nome, no entanto, não resiste a força popular das histórias do sítio das moças da Casa Verde. O desenvolvimento é lento só acelerado no ritmo que os benefícios chegam no bairro (a construção da ponte de madeira, chegada do bonde, a luz elétrica, a construção da igreja, o distrito de paz…). O bairro cresce, a cidade cresce. Hoje, uma megalópole.[1]