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União Internacional de Oficiais de Justiça (UIHJ) e o futuro da categoria

Com explanação do presidente da União Internacional de Oficiais de Justiça (UIHJ), o belga Marc Schmitz, e do vice-presidente, o espanhol Luis Ignacio Ortega Alcubierre, o terceiro painel falou sobre a entidade global e discutiu “o futuro dos Oficiais de Justiça no mundo”.

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Eles explicaram que a União Internacional, com sede em Paris (FR), já está presente em quatro continentes (América, Europa, Ásia e África), atuando em parceria com as principais instituições internacionais relacionadas ao cargo de Oficial de Justiça e a magistratura.

Marc disse ainda que desde 2012, a UIHJ vem realizando uma pesquisa, com a participação de 60 especialistas do mundo, além de investimento e participação da união europeia e universidades, onde Oficiais de Justiça respondem a um questionário de 450 perguntas para conhecer o trabalho da no mundo. Além disso, a entidade busca preparar a categoria para os desafios do futuro.

“O tempo está mudando e a nossa profissão também”, Marc.

De acordo com o presidente da UIHJ, a profissão está mudando e pode ter muitos problemas o futuro. Ele defende que a digitalização da Justiça deva ser apoiada, mas faz uma ponderação: “é preciso deixar claro o importante papel do Oficial de Justiça no cumprimento do jurisdicionado”, afirmou.

Diante das mudanças na profissão que, segundo ele, são eminentes, o treinamento e formação são fundamentais. “A questão não é se a inteligência artificial vai aparecer ou não, mas saber se ela vai atender nossas expectativas e como nós a vamos utilizar para fortalecer o nosso trabalho e a implementação da Justiça e direitos humanos”, completou Marc.

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O belga explicou que o advento da inteligência artificial no Judiciário é algo irreversível, mas lembrou que ela carece da dignidade humana, que não consegue atender a um recurso Judicial ou fundamentar para decidir, portanto precisa ser humanizada. “As decisões precisam sempre ser tomadas por um juiz. A inteligência não deveria tomar a decisão final, mas ser um bom conselheiro. (…) E o oficial de justiça será sempre aquele que fará o procedimento legal”, completou.

“Eu estou convencido que isso (a tecnologia) irá mudar nossas tarefas diárias e o treinamento contínuo é indispensável. Essas novas tecnologias podem se tornar em aplicações de inteligência artificial. Uma das consequências é que o Oficial de Justiça vai se tornar um profissional multifuncional. A real questão é como a Inteligência Artificial pode contribuir para a Justiça e como pode ser implementada nos procedimentos executivos. Essa pode ser uma ótima oportunidade para que a Justiça seja feita”, defende Marc.

João Paulo Rodrigues

Jornalista (MTE 977/AL), Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade Autònoma de Barcelona.

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