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Talão para de circular e Zona Azul será só digital em SP a partir desta segunda

Fonte: Folha de SP

As folhas de papel colorido não estarão mais nos painéis dos carros da capital paulista a partir desta segunda (21). Os talões de Zona Azul deixarão de valer e serão trocados definitivamente pelos aplicativos da Zona Azul Digital.

O novo método de cobrança foi lançado em julho, mas ainda dividia espaço com as folhas de papel. Agora, o motorista que ainda tiver os talões deverá pedir o reembolso na gerência comercial da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego, na r. Senador Feijó, 143, 1º andar).

Para usar a Zona Azul Digital, é necessário baixar um dos aplicativos autorizados pela companhia e fazer o cadastro, informando placa do carro (pode ser mais de um) e registrando uma senha. Os créditos podem ser comprados com antecedência ou na hora do uso, com cartão de crédito, débito ou boleto bancário –a depender do aplicativo.

O valor continua sendo de R$ 5 para uma hora de estacionamento ou R$ 45 para quem comprar dez CADs (Cartão Azul Digital) –contando os 10% de desconto que já eram concedidos no método de cobrança anterior.

Os créditos podem ser adquiridos também em bancas de jornais, bares, lanchonetes, drogarias, mercados e padarias autorizadas. O usuário deve informar no ponto de venda a placa do veículo, a quantidade e o tempo de validade do CAD. A relação dos locais autorizados pode ser encontrada no site da CET.

Segundo a prefeitura, o objetivo da digitalização do sistema é combater a evasão de receitas. Segundo a CET, a prefeitura perdeu, em 2015, R$ 50 milhões por conta de fraudes e falsificações de bilhetes de papel.

A Folha mostrou em outubro que mesmo sem as folhas de papel, flanelinhas da Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, deram um jeito de seguir cobrando ágio dos motoristas e “viraram” pontos credenciados, mesmo sem CNPJ e autorização da CET. Eles usam máquinas alugadas de uma empresa e cobram R$ 6, e não R$ 5, por cada crédito.

TIRE DÚVIDAS

  1. Como funciona a Zona Azul por celular?

O motorista precisa baixar um dos seis aplicativos disponíveis gratuitamente nas lojas virtuais e fazer um cadastro, inserindo dados pessoais, como nome, CPF, email, números do celular, do cartão de crédito e das placas dos veículos que usarão o serviço.

  1. Quanto vai custar?

Cada hora de crédito custa R$ 5, mas se o motorista optar pela compra de dez créditos, terá um desconto (R$ 45). O pagamento pode ser feito com cartão de crédito, débito ou boleto bancário –a depender do aplicativo.

  1. E como funciona a compra de crédito da Zona Azul Digital em pontos de venda autorizados? É preciso baixar o aplicativo nesse caso também?

Toda empresa credenciada pela CET para operar com aplicativos deve disponibilizar ao usuário uma forma alternativa de ativação do cartão, para atender quem estiver sem internet ou com qualquer falha na comunicação. Algumas oferecem a opção de ativação por SMS e outras oferecem centrais de atendimento telefônico com capacidade para ativação. O usuário deve consultar a empresa responsável pelo aplicativo para verificar as alternativas disponíveis.

  1. Posso programar os créditos?

Sim. Após estacioná-lo, se o período vencer, o dono do carro poderá programar mais créditos de onde estiver. Vale lembrar que após o uso de dois CADs na mesma vaga, é obrigatório mudar de local para continuar a usar outros cartões.

  1. O motorista será avisado do fim do período?

Sim, o aplicativo emite alarmes por meio de mensagem de texto, informando que o período está acabando.

  1. Como ficam as vagas de estacionamento de caminhão? E o Bolsão Caminhão?

Nos trechos voltados para o estacionamento de caminhão, caminhonete e veículo misto use um CAD para 30 minutos e dois CADs para 1 hora –conforme indicado na placa. Quando esses tipos de veículos usam as vagas fora do bolsão ou estacionam no Bolsão Caminhão da r. Santa Rosa e da r. Eurípedes Simões de Paula vale a regra geral (um CAD para uma hora e dois CADs para duas horas).

  1. E a Zona Azul do parque do Ibirapuera e de outras áreas especiais?

Em áreas consideradas especiais o tempo de validade do crédito é diferente e está indicado na placa de sinalização. Nos parques Ibirapuera e Aclimação, por exemplo, um CAD vale para duas horas e dois CADs para quatro horas. Na praça Charles Miller (Pacaembu) um CAD vale para três horas e dois CADs para seis.

  1. Como funcionará em vagas para idosos e deficientes?

Nessas vagas, além do CAD também é obrigatório manter no painel do veículo o cartão DeFis ou o cartão Idoso, emitidos pelo DSV (Departamento de Operação do Sistema Viário).

  1. Como o agente da CET fiscaliza?

Os mesmos palm tops usados pelos marronzinhos para aplicar multas servirá para fiscalizar a Zona Azul eletrônica. O sistema informa o agente se o carro pagou ou não pelo estacionamento quando ele digitar o número da placa no palm top.

  1. Os créditos comprados sem utilização expiram?

Não.

  1. O que fazer com as folhas e talões de Zona Azul já adquiridos?

A partir do dia 21 as folhas de Zona Azul (em papel) não poderão mais ser utilizadas. Os talões e folhas adquiridos poderão ser reembolsados até 30 de dezembro na gerência comercial da CET. De segunda a sexta, sempre das 8h às 17h, na r. Senador Feijó, 143, 1º andar. O valor máximo para o reembolso em dinheiro é de até R$ 450 equivalente a dez talões. Para quantidades acima deste limite o reembolso será efetuado por meio de cheque.

 

João Paulo Rodrigues

Jornalista (MTE 977/AL), Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade Autònoma de Barcelona.

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