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AOJESP participa de nova rodada de negociações da campanha salarial 2025 com o TJSP

Dando continuidade às tratativas da campanha salarial 2025, a AOJESP esteve presente, nesta quarta-feira (4/6), em mais uma reunião da mesa de negociações com a assessoria da Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo. O encontro reuniu também representantes das demais entidades de servidores do Judiciário paulista.

A entidade foi representada pelo presidente Cássio Ramalho do Prado e pela vice-presidente Magali Marinho Pereira. Pelo TJSP, participaram o desembargador Irineu Jorge Fava — que coordena diversas comissões do Tribunal —, os juízes assessores da Presidência Rodrigo Nogueira, André Gustavo Cividanes Furlan e Wagner Roby Gidaro, além dos secretários Andre Laursen Pavani (Orçamento e Finanças) e Vanessa Cristina Martiniano (Gestão de Pessoas).

A pauta central da reunião foi o auxílio-saúde. O juiz assessor Rodrigo Nogueira abriu os trabalhos relembrando que esse é o tema específico em debate no momento. Em seguida, o secretário Andre Laursen Pavani fez uma exposição sobre o orçamento do TJSP voltado aos auxílios, com destaque para o auxílio-saúde. A proposta apresentada pelo Tribunal foi de aumento do auxílio em 15%, superando a proposta inicial de 10%.

Durante o debate, o juiz Rodrigo Nogueira alertou que não considera positiva a narrativa de “servidores contra magistrados”, ressaltando a importância da unidade institucional.

As entidades propuseram uma alternativa à proposta do TJ, que foi tirada durante reunião realizada mais cedo. A ideia é um acréscimo fixo de R$ 500 ao auxílio-saúde, independentemente da faixa etária.

Outro ponto discutido foi o adicional de qualificação. As entidades propuseram novos percentuais para os servidores com formação acadêmica, além do que foi proposto pelo TJSP:

  • Graduação: de 7,5% para 10%
  • Pós-graduação: de 10% para 12,5%
  • Mestrado: de 15% para 17,5%
  • Doutorado: de 20% para 22,5%

O secretário Andre Pavani lembrou que os recursos para o adicional de qualificação e para eventual reposição salarial vêm da mesma fonte orçamentária, sugerindo que as propostas considerem esse aspecto.

A possível retomada da paralisação no dia 2 de julho também foi abordada. O presidente da Fespesp, José Gozze, defendeu que eventuais compensações pelos dias parados comecem somente após o encerramento oficial da greve, que, até o momento, encontra-se suspensa.

Por fim, o presidente da AOJESP, Cássio Ramalho do Prado, solicitou ao Tribunal um estudo detalhado sobre o impacto financeiro da proposta de R$ 500 fixos, considerando uma segunda simulação em que o valor do auxílio varie por faixa etária, como já ocorre atualmente. O objetivo é apresentar às entidades uma nova proposta que garanta mais justiça na distribuição do benefício.

João Paulo Rodrigues

Jornalista (MTE 977/AL), Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade Autònoma de Barcelona.

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