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Acompanhamento psicológico: Quando devo procurar ajuda?

Visando auxiliar na busca pela qualidade de vida e aprimoramento da saúde mental com a pandemia do coronavírus ainda impactando as nossas vidas negativamente, bem como pelo estresse diário causado por inúmeros fatores do cotidiano e por estarmos promovendo neste mês a campanha do Setembro Amarelo – que trata da conscientização sobre a prevenção do suicídio e visa alertar a população de que a melhor forma de prevenção ainda é baseada em diálogos e discussões que abordem os distúrbios psíquicos – trazemos nessa matéria uma conversa com a psicóloga Susan Rosemary Cossa Guidetti (que é parceira da AOJESP – consulte aqui para contato), onde a profissional abordou temas relacionados aos benefícios da psicoterapia, estresse ocupacional, assédio moral, entre outros assuntos.

Leia a entrevista exclusiva abaixo:

1- Conte-nos um pouco sobre os benefícios da psicoterapia.

A psicoterapia busca proporcionar o autoconhecimento do paciente, além de desenvolver a inteligência emocional, melhorar os relacionamentos interpessoais, ajudar a lidar com traumas, conflitos ou situações difíceis, dividir o peso dos problemas do cotidiano e nos ajuda a ter um maior autocontrole e a enxergar melhor as próprias habilidades, bem como auxilia no alívio das tensões e permite que as pessoas se expressem sem haver restrições e julgamentos.

2- Quais são os principais sinais de que um profissional pode estar enfrentando um alto grau de estresse e quando o problema pode se tornar preocupante ou crônico?

Os principais sinais são: Ansiedade, angústia, irritação, cansaço excessivo, físico e mental, insônia, dores de cabeça frequentes, sentimentos de derrota e desesperança, sentimentos de fracasso e insegurança, tristeza sem motivo, dificuldade de concentração e medo constante.

3 – O Oficial de Justiça trabalha sozinho, na maioria das vezes com seu veículo particular e regularmente precisa ir até locais remotos e perigosos, enfrentando inúmeros riscos diários no cumprimento da sua função, tais como violência psicológica e física. Qual o impacto negativo sofrido pelo profissional que enfrenta constantemente essas situações perigosas?

O estresse ocupacional gera sofrimento psíquico com predominância de emoções de ansiedade, medo, tristeza, apatia, sensação de fracasso e perda da autoestima e da autoconfiança.

4 – O assédio moral também é um fato recorrente entre os servidores do Poder Judiciário. Como esse tipo de prática pode afetar a saúde de um profissional e como ele pode buscar ajuda?

O assédio moral é um tipo de violência que envolve princípios éticos individuais e coletivos e que pode afetar a qualidade de vida dos trabalhadores, levando a doenças físicas, psíquico-emocionais e sofrimento no trabalho. É fundamental buscar suporte emocional com amigos, familiares e psicólogos.

5 – Em tempos de pandemia, a classe dos Oficiais de Justiça permaneceu trabalhando na linha de frente do Poder Judiciário, o que acabou resultando em mais de 100 mortes de profissionais em todo o Brasil. Podemos dizer que os Oficiais sofreram uma sobrecarga psicológica por conta do risco durante a exposição ao continuar trabalhando nas ruas em contato com outras pessoas?

A pandemia é, portanto, um forte fator de estresse que, por sua vez, é fator causal de crises de ansiedade, irritabilidade e desconforto em relação à nova realidade. Certamente os oficiais de justiça sofreram uma sobrecarga psicológica considerável, podendo gerar sintomas depressivos e de ansiedade. Caso esses sintomas comecem a afetar a funcionalidade, é sinal que se deve buscar ajuda profissional qualificada.

Começar a terapia pode ser um grande passo para ser a versão mais saudável de si mesmo e viver a melhor vida possível!

Luiz Felipe Di Iorio Monte Bastos

Jornalista (MTB nº 46.736-SP) graduado pela Universidade Católica de Santos -UniSantos- e pós graduado no nível de especialização pela Fundação Cásper Líbero.

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