Presidente do TJ-SP afirma que reposição salarial foi o máximo que o Tribunal poderia chegar
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ricardo Anafe, disse em entrevista a jornalistas, nesta segunda-feira (21/3), que a reposição salarial dos servidores foi de 10% e que foi o máximo que poderia ser concedido.
Perguntado sobre se haveria a possibilidade de greve de servidores, o presidente esclareceu que desconhece qualquer manifestação nesse sentido. “É um esforço brutal do Tribunal de Justiça, reconhecendo o trabalho dos senhores servidores e a inflação que ocorreu no período. Mas é o máximo que o Tribunal poderia chegar. Então eu não imagino como alguém poderia conceber falar em greve ou qualquer coisa que o valha”, explicou o presidente.
Anafe também falou sobre a Resolução 850, que entrou em vigor nesta segunda-feira, e regulamenta o teletrabalho no Judiciário paulista. De acordo com o magistrado, o homeoffice teve uma produtividade muito grande e a medida tem como objetivo aproveitar o melhor dessa modalidade.
De acordo com o presidente, o sistema de homeoffice trouxe uma economia grande quando o Tribunal de Justiça estava 100% trabalhando remoto, na casa dos R$ 17 milhões, mas esclareceu que “dentro do orçamento do Tribunal [R$ 13,5 bilhões] não é um valor tão grande”, explicou. Anafe esclareceu que o mais importante é promover a eficiência, já que no homeoffice a produtividade foi muito grande. “Esta eficiência está sendo privilegiada, a economia em segundo lugar”, completou.
O presidente falou ainda que pretende zerar a fila de pagamento dos precatórios até o fim de 2023. “Nós saímos da casa de R$ 2 bilhões e fomos pra casa de R$ 4 bilhões cento e poucos no ano passado. Este ano a ideia é ir além dos R$ 4 bilhões e começar o pagamento direto perante o Depre. Ou seja, à medida que o precatório for pago a ideia é que ele seja repassado imediatamente aos beneficiários exequentes daquele precatório”, concluiu.
Ouça a íntegra da entrevista coletiva:
A imagem de capa desta matéria é da Comunicação Social TJSP: PS, GD e RO (fotos)