Uma seleção de museus cheia de brasilidades
O departamento Cultural e de Turismo da AOJESP preparou uma seleção de museus que vão reconectar você às raízes brasileiras. São acervos cheios de referências culturais e que contam um pouco da história do Brasil por meio de vídeos e passeios por fotos, quadros, artesanatos etc.
Museu Afro Brasil – São Paulo
Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do Diretor Curador Emanoel Araujo, o Museu Afro Brasil construiu, ao longo de 10 anos, uma trajetória de contribuições decisivas para a valorização do universo cultural brasileiro ao revelar a inventividade e ousadia de artistas brasileiros e internacionais, desde o século XVIII até a contemporaneidade.
Araújo já tentara frustradamente viabilizar a criação de uma instituição voltada ao estudo das contribuições africanas à cultura nacional quando, em 2004, apresentou uma proposta museológica à então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Encampada a ideia pelo poder público municipal, iniciou-se o projeto de implementação do Museu. Foram utilizados recursos advindos da Petrobrás e do Ministério da Cultura através da Lei Rouanet.
Desde 2009, o Museu Afro Brasil, é uma instituição pública, vinculada à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, que administrado pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura, é subordinado ao Governo do Estado de São Paulo.
http://www.museuafrobrasil.org.br/home
https://artsandculture.google.com/partner/museu-afro-brasil
Fundação Cultural Ema Gordon Klabin
Oficialmente registrada em 1978, a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin é uma instituição sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública federal, que tem por objetivos a promoção e divulgação de atividades de caráter cultural, artístico e científico, além da transformação da residência de Ema Gordon Klabin em museu aberto à visitação pública.
Os trabalhos de catalogação do acervo foram iniciados em 1997, três anos após o falecimento de Ema Klabin, e possibilitaram uma compreensão profunda das peças e sua história. Para divulgar o seu acervo, além da visitação pública, a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin tem cedido obras para inúmeras exposições no Brasil e na Europa.
O imóvel sede da Fundação localiza-se à rua Portugal em São Paulo. O terreno, de quase 4.000 m2, faz parte do Jardim Europa, loteamento de alto padrão projetado pelo engenheiro-arquiteto Hipólito Pujol Jr. no final da década de 1920, nos mesmos moldes das cidades-jardim britânicas do contíguo Jardim América, projeto do urbanista inglês Barry Parker. Em sua proximidade estão outras duas instituições culturais: O MUBE – Museu Brasileiro da Escultura e o MIS, Museu da Imagem e do Som.
A construção, com cerca de 900 m2, foi cuidadosamente projetada e construída pelo engenheiro-arquiteto Alfredo Ernesto Becker, em meados dos anos 50, para abrigar a coleção reunida por Ema Klabin. A casa não possui um estilo definido, como era comum nas outras residências da época, unindo elementos clássicos, como os arcos plenos nas portas e janelas externas, com elementos modernos, notadamente nos materiais de acabamento utilizados. A decoração ficou a cargo de Terri Della Stuffa, também responsável pela distribuição e adaptação das peças pelos ambientes da casa.
https://emaklabin.org.br/visitas
Museu Casa Benjamin Constant – Rio de Janeiro
Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1958, a casa foi transformada em museu em 1982 reunindo móveis e objetos, além de livros, documentos e fotografias do arquivo pessoal de Benjamin Constant e seus familiares.
Benjamin Constant mudou-se para esta casa com sua família em 1890, vindo a falecer em 22 de janeiro de 1891. Antes de alugar a casa de Santa Teresa, Benjamin Constant e a família moravam nas dependências do Instituto de Meninos Cegos.
Construída em 1860, caracteriza-se como uma típica casa de chácara com jardim e caramanchão. Com sua morte em 21/01/1891, foi adquirida pela União, ficando em usufruto da família.
Com a morte de sua filha mais jovem, Araci em 1961, a casa é retomada pela União e a SPHAN – Serviço Patrimônio Histórico Artístico Nacional – recomeça o trabalho de organização do Museu, com a reconstituição do ambiente familiar e do contexto sócio cultural em que viveu o “Fundador da República” brasileira através de mobiliário, utensílios, objetos pessoais e com a contribuição de seu neto Benjamin Fraenkel por meio de cartas e desenhos enviados a museóloga Hercília Canosa Viana, responsável pela tarefa de inaugurar o museu, considerado a Primeira Casa da República.
https://museucasabenjaminconstant.museus.gov.br/
Palácio Rio Negro – Petrópolis
O Palácio Rio Negro é um museu dedicado à memória da República em terras imperiais.
Seu prédio, construído em 1889 para ser a residência do Barão do Rio Negro, rico comerciante de café, foi incorporado pelo Governo Federal em 1903.
O Palácio Rio Negro é um museu dedicado à memória da República em terras imperiais.
Seu prédio, construído em 1889 para ser a residência do Barão do Rio Negro, rico comerciante de café, foi incorporado pelo Governo Federal em 1903.
A partir da gestão de Rodrigues Alves passou a ser a residência oficial de verão dos Presidentes da República em Petrópolis. Desde então, recebeu dezesseis de nossos presidentes, o último deles o Presidente Luis Inácio Lula da Silva, em setembro de 2008.
Os dias de glória foram vividos durante o Governo de Hermes da Fonseca, dentre eles o da realização de seu casamento com Nair de Teffé, célebre por suas mordazes charges publicadas sob o pseudônimo de Rian. Getúlio Vargas foi o presidente mais assíduo, lá estando em todos os verões ao longo dos dezoito anos que governou o país.
A presença republicana na cidade de Petrópolis manteve-se viva até a fundação de Brasília. Entre as décadas de 1970 e 1980, o palácio não recebeu nenhum presidente. Seu uso foi retomado apenas no governo de Fernando Henrique Cardoso para breves férias na década de 1990.
A memória da republicana volta à cena
Durante várias décadas, os vestígios dessa memória resumiram-se aos relatos sobre curiosidades da passagem de alguns dos presidentes pela cidade. Hoje, constituem-se em fonte documentária e objeto de pesquisa sobre a presença republicana na cidade a partir do Palácio Rio Negro.
O Palácio Rio Negro, vinculado ao Museu da República/Ibram, integra o Percurso da Memória da cidade de Petrópolis.
No andar térreo, o trabalho de restauração revelou a decoração original do piso de madeira: os pés de café, símbolo da riqueza do Barão do Rio Negro.
Em exposição, mobiliário e objetos selecionados a partir do acervo sob a guarda do Museu da República; os quadros de todos os presidentes republicanos em ordem cronológica, de Washington Luís até Lula.
http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/palacio-rio-negro
Museu Catavento – São Paulo
Catavento Cultural e Educacional é a Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Museu Catavento, através do Contrato de Gestão nº 02/2017, firmado com a Secretaria de Estado da Cultura, por meio de sua Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico – UPPM em dezembro de 2017, com vigência até novembro de 2022.
Criado com a vocação de ser um espaço interativo que apresente a ciência de forma instigante para crianças, jovens e adultos, desde sua inauguração em 2009 o Museu Catavento tem sido um grande fenômeno de público, tendo atingido a marca de dois milhões e meio de visitantes em apenas seis anos de operação, tendo sido o Museu mais visitado do Estado de São Paulo por três anos consecutivos..
http://www.cataventocultural.org.br/
Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro
Situado no centro histórico do Rio de Janeiro, o edifício de arquitetura eclética projetado em 1908 pelo arquiteto Adolfo Morales de los Rios para sediar a Escola Nacional de Belas Artes, herdeira da Academia Imperial de Belas Artes, foi construído durante as modernizações urbanísticas realizadas pelo prefeito Pereira Passos na então Capital Federal.
Criado oficialmente em 1937 por Decreto do presidente Getúlio Vargas, o Museu Nacional de Belas Artes conjugou a ocupação do prédio com a Escola Nacional de Belas Artes até 1976, quando a EBA foi deslocada para a ilha do Fundão. Neste mesmo ano, com a criação da Fundação Nacional de Arte (Funarte) houve novo compartilhamento.
Em 24 de maio de 1973, o edifício da Avenida Rio Branco, 199, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a partir de 2003, a imponente construção passou a abrigar na sua totalidade o MNBA.
Avançando na linha do tempo, em 2009 o MNBA foi incorporado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura. Hoje é a instituição que possui a maior e mais importante coleção de arte brasileira do século XIX, concentrando um acervo de cem mil itens entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, objetos, documentos e livros.
A bicentenária Coleção do Museu Nacional de Belas Artes se originou de três conjuntos de obras distintos: as pinturas trazidas por Joaquim Lebreton, chefe da Missão Artística Francesa, que chegou ao Rio de Janeiro, em 1816; os trabalhos pertencentes ou aqui produzidos pelos membros da Missão, entre os quais se destacam Nicolas-Antoine Taunay, Jean-Batiste Debret, Grandjean de Montigny, Charles Pradier e os irmãos Ferrez; e as peças da Coleção D. João VI, deixadas por este no Brasil, ao retornar a Portugal, em 1821.
Percorrendo suas galerias, o visitante pode vislumbrar, como em poucos espaços culturais do país, a história das artes plásticas no Brasil desde os seus primórdios até a contemporaneidade.
Ocupando atualmente uma área de 17.000 m2, o Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC constitui-se num vigoroso centro irradiador de conhecimento e divulgação da arte brasileira.
https://www.mnba.gov.br/portal/
https://mnba.gov.br/portal/imprensa/galeria-de-videos.html
Museu Villa-Lobos – Rio de Janeiro
O Museu Villa-Lobos tem como missão ser referência sobre a vida e a obra de Villa-Lobos, valorizando as manifestações criativas da música brasileira e a educação musical como fatores de identidade cultural.
No ano seguinte à morte do compositor, por inspiração de sua segunda mulher – Arminda Neves d’Almeida, a “Mindinha” -, é criado o Museu Villa-Lobos, com a finalidade de preservar o seu acervo e divulgar a sua obra.
O empenho de Arminda é fundamental para que o processo de criação do museu seja rápido. Em 13 de junho de 1960, o Ministro da Educação e Cultura, Clóvis Salgado, encaminha a proposta de criação do Museu Villa-Lobos ao Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, que, no dia 22 do mesmo mês, assina o decreto Nº 48379, formalizando sua criação.
Em 24 de janeiro de 1961, a portaria nº 25 do Ministério de Educação e Cultura designa Arminda Villa-Lobos diretora do Museu, cargo que exerce durante 24 anos até seu falecimento, em 5 de agosto de 1985. Desde então a instituição teve os seguintes diretores: a pianista Sônia Maria Strutt (1985-1986); o violonista Turibio Santos (1986-2010); o musicólogo Luiz Paulo Sampaio (diretor interino entre 2010 e 2011); o pianista e compositor Wagner Tiso (2011-2016); e o administrador Rudival Figueiredo (diretor interino entre 2016 e 2017). Desde 2017, o Museu Villa-Lobos é dirigido pela flautista e gestora cultural Claudia Castro.
Ao longo desses anos, paralelamente à preservação e à contínua conservação do legado de Villa-Lobos em partituras, documentos e objetos, o Museu também tem desenvolvido diversos projetos nas áreas cultural e educativa, através, entre outros, da edição de livros e discos, da realização de festivais, concursos internacionais e concertos didáticos, além do atendimento à pesquisa.
Inaugurada em 27 de fevereiro de 1961, a antiga sede do Museu Villa-Lobos ocupava parte do 9º andar do Palácio Gustavo Capanema (também conhecido como Palácio da Cultura), no Centro do Rio. A partir de 1986, o Museu passou a funcionar no bairro de Botafogo, em um casarão do século XIX, tombado, em 1982, pela Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN (atual IPHAN).
Seu atual ambiente de exposição conta com três salas, todas de múltiplo uso, que abrigam exposições, exibições de vídeos, concertos didáticos e pequenos recitais. A estrutura técnica conta ainda com três reservas técnicas e uma biblioteca aberta ao público.
Fazem parte do prédio jardins e uma concha acústica que permitem eventos ao ar livre.
https://museuvillalobos.museus.gov.br/
https://museuvillalobos.museus.gov.br/acervo-2/
Museu Nacional dos Correios – Brasilia
O Museu Correios preserva a história dos serviços postais e telegráficos e a memória de uma das instituições mais antigas do Brasil, os Correios. Além disso, possui, durante todo o ano, uma programação variada de atividades culturais no campo das Artes Visuais, Audiovisual, Música e Humanidades.
As iniciativas de proteger bens e documentos relacionados aos Correios no Brasil datam do século XIX. O Museu Telegráfico foi criado ainda na época do Império pelo Barão de Capanema e reunia fragmentos de cabos submarinos e aparelhos telegráficos, por exemplo. O Museu Postal surgiu em 1889 e colecionava documentos e artefatos exclusivos dos serviços postais como malas, bolsas e carimbos.
No período do DCT, Departamento de Correios e Telégrafos, foi instituído o Museu Postal e Telegráfico em 1931. A coleção filatélica foi organizada em 1958 no Museu Filatélico. Com a extinção do DCT e a fundação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em 1969 um grupo de trabalho foi estabelecido em meados da década seguinte para a organização de um novo museu.
Em 15 de janeiro de 1980, o antigo prédio da primeira sede dos Correios em Brasília passou a abrigar o Museu Postal e Telegráfico, MPT. Tornou-se referência em conservação, pesquisa e exibição de objetos relativos à História Postal e Telegráfica do Brasil, com ênfase especial para a Filatelia nacional e internacional. Após uma reformulação, foi reaberto em 25 de janeiro de 2012 e proporciona aos visitantes experiências nas mais diversas formas de expressão artística e cultural.
O acervo de mais de 1 milhão de peças relacionadas à história postal e telegráfica é fonte primária das exposições que propiciam ao público o encontro com a história do país. A localização privilegiada, no “coração” comercial de Brasília, a entrada gratuita e o fácil acesso, por meio do transporte público são diferenciais.
Museu de Arte da Bahia – Salvador
O Museu de Arte da Bahia (MAB), o mais antigo museu do Estado – criado em 1918 – teve a sua primeira sede no Campo Grande, no Solar Pacifico Pereira (onde hoje se encontra o Teatro Castro Alves), tendo aí permanecido de 1931 a 1946.
Após a compra, em 1946, das coleções de artes decorativas e da casa residencial que pertenceram ao Dr. Góes Calmon, o Museu do Estado, (assim denominado) passou a ter um novo perfil, conferido pelo Prof. José Valadares, – seu 1º diretor – que esteve a frente desta Instituição – de 1939 a 1959 – tendo projetado-o no âmbito nacional.
Em novembro de 1982, o museu foi transferido para o Palacete da Vitória (antiga sede da Secretaria da Educação) dispondo de amplos espaços para abrigar exposições permanentes e temporárias. O seu acervo é constituído por duas grandes coleções: artes plásticas (pintura e escultura) e artes decorativas, destacando-se peças notáveis do mobiliário baiano, o conjunto de porcelanas orientais e européias – onde se inclui a coleção de louça histórica brasileira – além de cristais, ourivesaria e outras alfaias.
O Museu de Arte da Bahia apresenta instalações adequadas à exposição e valorização do seu acervo, distribuídas nesses dois diferentes percursos: artes plásticas e artes decorativas do séc. XVIII a meados do séc. XX; e a múltiplas atividades culturais, como exposições temporárias, cursos, ciclos de conferencias, recitais de música e exibição de filmes de arte. Dispõe de um serviço educativo para atender às escolas e ao público em geral, e organiza visitas programadas com agendamento prévio. Possui ainda uma biblioteca especializada em artes plásticas com cerca de 12 mil livros e periódicos direcionados aos temas de historia da arte, estética, museologia e história baiana.
https://www.salvadordabahia.com/experiencias/museu-de-arte-da-bahia/