Oficiala é agredida com soco ao cumprir mandado em Taubaté
A Oficiala de Justiça Alessandra Ferreira foi agredida com um soco pela esposa de um réu na comarca de Taubaté, no interior de São Paulo, na última segunda-feira (15/04). Segundo Alessandra, ao chegar ao local para cumprir um mandado de intimação de um réu que ela já conhecia, foi informada aos gritos pela esposa do mesmo que ele logo voltaria. Conforme a Oficiala, essa era a segunda vez que ela intimava o réu e, após encontrá-lo, Alessandra foi surpreendida pela mulher que lhe proferiu ofensas e lhe aplicou um soco no rosto. Em seguida, a agressora entrou em um carro e saiu em arrancada pela contramão. Alessandra registrou boletim de ocorrência e em seguida foi encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde realizou exames e recebeu atendimento médico. O caso foi registrado como lesão corporal e está sendo investigado pela Polícia Civil da cidade.
Sobre o alto índice de violência que ocorre frequentemente com a categoria dos Oficiais de Justiça, Alessandra disse que a sensação é de medo constante e insegurança: “Estou com bastante medo. Se numa intimação acontece isso, imagine nas buscas e nos outros atos mais complexos”, frisou Alessandra, que já voltou a trabalhar, porém, sente-se totalmente vulnerável: “Estou com a sensação de que somos uma classe que dá o sangue pelo trabalho, porém não recebemos o nosso devido valor. Trabalhamos de manhã, de tarde, de noite, aos feriados e finais de semana, e o mínimo que deveríamos receber seria um adicional por periculosidade. Na terça-feira eu já saí de casa para trabalhar e me senti totalmente insegura, com muito medo, pois não esperava que isso acontecesse comigo”, finalizou Alessandra.
A diretoria da AOJESP se solidariza com a oficiala e inclusive está oferecendo todo apoio e total assistência para que esse caso não fique impune, colocando o jurídico da entidade à disposição da vítima para as medidas cabíveis. Além disso, a entidade vai reiterar o pedido feito durante a gestão anterior do TJSP sobre a segurança dos Oficiais de Justiça, que até agora continua sem resposta. Paralelamente, informamos também que a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Oficiais de Justiça instalada no Congresso Nacional está focada na emenda que reconhece o risco da nossa atividade.
